Coronavírus e tabagismo: o que eles têm em comum?

As Semelhanças e Diferenças no Impacto do Tabagismo e do Coronavírus

O novo coronavírus e o tabagismo têm mais em comum do que se imagina. Ambos representam graves problemas de saúde pública e são responsáveis por causar danos físicos, emocionais, sociais e econômicos. Enquanto o tabagismo está relacionado a Doenças Crônicas Não Transmissíveis, a infecção pelo coronavírus trouxe uma nova preocupação global. Apesar das diferenças, ambos são importantes causas de morte e apresentam riscos que, muitas vezes, são negligenciados pela população.

Negligência e Subestimação dos Riscos

Um aspecto em comum entre o tabagismo e o coronavírus é a tendência de muitos em subestimar os riscos. O tabagista frequentemente nega a possibilidade de desenvolver doenças graves e morrer prematuramente devido ao hábito de fumar, ignorando as advertências de saúde. Da mesma forma, muitas pessoas minimizaram a gravidade do coronavírus, considerando-o apenas um “resfriadinho” ou uma “gripezinha”. No entanto, essa subestimação levou a uma disseminação rápida do vírus e a milhares de mortes ao redor do mundo.

Efeitos sobre o Sistema Respiratório

A semelhança entre tabagismo e coronavírus vai além das atitudes de negação. Ambos afetam de forma severa o sistema respiratório, causando lesões pulmonares que podem levar a complicações graves e, em alguns casos, à morte. O tabagismo prejudica os mecanismos de defesa das vias respiratórias, facilitando infecções por vírus e bactérias, incluindo o coronavírus. Fumantes e ex-fumantes estão em um grupo de risco elevado para complicações causadas pela COVID-19.

Populações de Risco: Idosos e Doenças Pré-existentes

Tanto o tabagismo quanto o coronavírus apresentam maior risco para populações específicas. No caso do tabagismo, quanto mais tempo a pessoa fuma, maior é a chance de desenvolver doenças graves. Da mesma forma, o coronavírus apresenta maior risco de complicações para pessoas idosas e para aquelas que possuem doenças pré-existentes, como doenças cardíacas, respiratórias e câncer — todas condições que podem ser causadas e agravadas pelo uso do tabaco.

Alerta sobre o Uso de Narguilé

O INCA (Instituto Nacional do Câncer) destacou um alerta importante sobre os riscos de transmissão do coronavírus entre usuários de narguilé. Compartilhar mangueiras e piteiras aumenta as chances de contaminação, já que elas passam de boca em boca. Além disso, o INCA indicou que as chances de agravamento da COVID-19 são 14 vezes maiores entre fumantes do que entre pessoas que não têm histórico de tabagismo, evidenciando que o tabagismo é um fator de risco independente para complicações respiratórias.

Prevenção e Controle: Semelhanças e Diferenças

Ambos os problemas de saúde têm algumas medidas preventivas em comum. Assim como o isolamento social é uma forma eficaz de prevenir a disseminação do coronavírus, a restrição de fumar em ambientes coletivos é uma maneira de evitar o fumo passivo. Contudo, existe uma diferença marcante entre os dois: enquanto o tabagista pode se livrar dos riscos ao parar de fumar, evitando o primeiro cigarro, quem se recupera da COVID-19 pode adquirir imunidade ao vírus, ao menos temporariamente.

A Importância da Informação e Educação em Saúde

Apesar das semelhanças e diferenças, o controle tanto do tabagismo quanto da COVID-19 depende de informação e educação em saúde. Promover a conscientização sobre os riscos do tabagismo e a importância das medidas preventivas contra o coronavírus são passos fundamentais para reduzir os impactos desses problemas de saúde pública.

A mensagem é clara: para evitar as consequências graves de ambos, é necessário se proteger. No caso do tabagismo, abandonar o cigarro é um passo essencial para recuperar a saúde e prevenir doenças graves. Já para evitar a infecção pelo coronavírus, seguir as orientações de higiene, distanciamento e vacinação são fundamentais para se manter seguro e saudável.